Liberdade é como saborear um passeio de bicicleta sem precisar apostar corrida com ninguém. Apenas pedalar. No nosso ritmo.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
PEDAL RIO PRETO/BOQUEIRÃO (SANTA RITA DE JACUTINGA)
(FAZENDA SANTA CLARA)
(CANTINHO RURAL - 6KM DE RIO PRETO)
Pedal ao Boqueirão e Meireles(Santa Rita de Jacutinga) 85km
Encontros, saudades e lições. Uma pergunta: A vida seria uma viagem por uma estrada onde, a cada lugar (um arraial, uma cidade, uma vila ou um determinado local), fôssemos conhecendo pessoas e agregando valores? Pois bem, realmente é uma viagem. Só que a estrada é você quem escolhe, e as pessoas com quem irá encontrar, ora escolhemos, ora o destino se sobrepõe a nossa vontade. E o destino às vezes nos apresenta pessoas que vem não só partilhar, mas somar e engrandecer nossa existência.
Em nosso pedal ao Boqueirão, duas situações me chamaram atenção: primeiro o companheirismo do casal André e Renata, que partilham o gosto pelo cicloturismo e o fazem como atividade física, espiritual e, por que não falar, matrimonial. Ficou bem claro que o companheirismo vai além da dimensão material ,dado o entrosamento, a alegria e a disposição que é mútua entre eles, muito legal e um belo exemplo.
(CASAL DE CICLISTAS: ANDRÉ E RENATA)
Segundo foi a nossa passagem em um lugarejo próximo a fazenda Três Barras. Em um entroncamento da estrada, um barzinho onde já havíamos passado anteriormente, fomos reconhecidos e a senhora, proprietária perguntou-nos: Cadê aquele grandão? E logo me veio a saudosa lembrança do nosso amigo Éder Natal que, infelizmente não pode participar deste pedal. Pois bem, a simpática senhora lembrou-se do nosso grande ciclista, que ali havia parado anteriormente, e dito que numa próxima oportunidade pediria para fazer um frango caipira para nossa turma quando estivéssemos pela região. Ficamos então conhecidos como o grupo do ciclista “Grandão” (Éder Natal). Voltando a estrada da vida em direção a Rio Preto e minha casa, pensei então: Como são ricos nossos pedais!
E eles são assim: escolhemos o nosso destino, e o destino (através da mão Divina) se encarrega de torná-los mais interessantes, colocando novos personagens, alguns mais marcantes que os outros mas não menos interessantes. A simplicidade, a educação, o respeito e o gosto por uma boa conversa são comuns na zona rural, algo não tão comum na cidade, dado o ritmo alucinante nos centros urbanos. Sair deste mundo violento, individualista e apressado com horário pra tudo, fazemos com gosto em cima de nossas bicicletas, que nos enriquecem de experiências e novas pessoas dos mais longínquos lugares, principalmente na zona rural. Humildes ou não, mas sempre deixando uma lição: “ Ser caipira é tudo de Bão”.
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